
DIETAS, COMO ESCOLHER
Conheça 11 tipos de dieta, seus riscos e benefícios
Dieta é, provavelmente, a palavra mais repetida quando se aproxima o início de um ano ou de uma semana. Quantas vezes você já prometeu internamente começar um regime na segunda-feira ou incluiu a meta “emagrecer” na lista de resoluções de um novo ano? Das mais restritivas às específicas, as dietas fazem parte da nossa vida. E não é para menos – afinal, fazemos parte de uma sociedade que incentiva o consumo exagerado de calorias, de fast-food e de alimentos processados, ao mesmo tempo que vende o corpo magro (ou “sarado”) como padrão a ser seguido.
No entanto, as dietas não são uma obsessão do século 21. Na verdade, elas também foram uma forma popular de as pessoas perderem peso e melhorarem a saúde durante todo o século 20. Embora muita coisa tenha mudado desde então, muitos dos planos alimentares da moda compartilham semelhanças com aquelas seguidas no século passado.
História
Por exemplo, uma das dietas mais populares no início dos anos 1900 recomendava um plano alimentar baseado em alto teor de proteínas e baixo teor de carboidratos e açúcar. Já na década de 1930, a recomendação era limitar a ingestão de calorias, ainda mantendo o baixo consumo de carboidratos. Mais familiar impossível!
No final da década de 1950 e início da década de 1960, o cultivo corporal por meio de dietas tornou-se, definitivamente, “assunto de mulher” e as pessoas que faziam dieta podiam escolher entre uma infinidade de regimes para reduzir o peso corporal, que havia aumentado como resultado do boom de consumo do pós-guerra. Como antes, as abordagens com baixo teor de carboidratos predominaram.
Nas décadas de 1970 e 1980, os regimes populares de perda de peso tornaram-se mais do que apenas dietas de emagrecimento e, em revistas femininas como a Woman’s Own, foram cada vez mais apresentados como ferramentas de autoajuda para a mulher emancipada. Alcançar o sucesso e o equilíbrio interno exigia o controle do corpo por meio de hábitos alimentares e exercícios físicos.
Apesar do conhecimento que agora temos sobre como perder peso por meio de regimes, as dietas da moda continuam a ser populares. As mais modernas, como a ceto ou paleo, compartilham muitas semelhanças com os planos alimentares de baixo teor de carboidratos e restrição calórica, populares no século 20. No entanto, pesquisas mostram que dietas da moda podem, na verdade, levar ao ganho de peso e à compulsão alimentar.
Bons hábitos
Por isso, antes de optar por qualquer tipo de dieta, lembre-se de que manter o bem-estar e a saúde é primordial. O emagrecimento é difícil e pode não ser o objetivo final, portanto o essencial é manter uma alimentação equilibrada, onde todos os nutrientes essenciais devem ser consumidos.
Além disso, é importante beber muita água e manter a prática de exercício físico, ainda que você não tenha a intenção de emagrecer ou manter o peso ideal. E, por fim, contar com o acompanhamento de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas é sempre a melhor opção!
11 tipos de dieta que você deveria conhecer
1. Vegana e vegetariana
Longe de ser um plano alimentar destinado ao emagrecimento, a dieta vegana faz parte de um estilo de vida ou uma filosofia que se baseia na não exploração dos animais e no respeito a todos os seres sencientes. Por isso, os veganos não limitam suas escolhas à alimentação: todos os seus hábitos de consumo são permeados pelo princípio da não exploração animal.
Carnes – vermelhas ou brancas –, laticínios, ovos e outros produtos de origem animal são proibidos. Como alternativa, a dieta incentiva o consumo de leites vegetais, grãos (como feijão, arroz integral, grão de bico e lentilha), tofu, castanhas, jaca verde, cogumelos, vegetais e frutas de maneira geral. Vegetarianos estritos seguem a mesma dieta, mas dentro do vegetarianismo existem vertentes que permitem o consumo de ovos, como o ovovegetarianismo, de laticínios ou de ambos. Ainda no espectro do vegetarianismo, há os pescetarianos (que consomem peixes) e os flexitarianos, que reduzem o consumo de carne, mas não o eliminam completamente.
Ambas essas dietas focam mais no consumo de alimentos ricos em fibras, gorduras saudáveis, carboidratos e proteínas vegetais.
2. Para hemorroida
Como o próprio nome indica, esta é uma dieta indicada para auxiliar no tratamento de hemorroidas. Frutas como melão, mirtilos, groselha e maçã são incentivados na dieta para hemorroidas. Por outro lado, recomenda-se evitar o consumo de alimentos gordurosos, refrigerantes, pimenta e café.
3. Sem açúcar
Estudos revelam que o açúcar não só contribui para a obesidade como também pode provocar doenças cardíacas, diabetes e até câncer. Por isso, cada vez mais pessoas buscam reduzir ou até mesmo eliminar o açúcar refinado da alimentação. Parar de consumir refrigerantes, minimizar a ingestão de industrializados e optar por adoçantes orgânicos e não refinados, como xarope de bordo puro ou açúcar de coco, são iniciativas que fazem parte deste plano alimentar.
4. Dukan
Dukan é uma dieta de perda de peso rica em proteínas e baixa em carboidratos, sendo dividida em quatro fases, duas para emagrecer (ataque e cruzeiro) e duas para manter o peso perdido (consolidação e estabilização). Ela tem como promessa promover a perda de peso rapidamente sem a necessidade de passar fome. No entanto, a segurança da dieta de Dukan não foi estudada e há preocupações com o alto consumo de proteína, especialmente seu efeito sobre os rins e a saúde óssea.
5. Mediterrânea
A dieta mediterrânea é um Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade que compõe o conjunto de conhecimentos, práticas, rituais, tradições e símbolos relacionados com as culturas agrícolas, pecuárias e culinárias dos países que circundam o mar mediterrâneo, principalmente a Itália e a Grécia, na década de 1960. Muitos estudos mostraram que a dieta mediterrânea pode ser muito benéfica para a saúde, contribuindo para a perda de peso, prevenção de ataques cardíacos, derrames, diabetes tipo 2 e morte prematura.
6. Pegan
A dieta pegan, que é a junção das dietas paleo e vegana, foi idealizada com base nos princípios de que alimentos integrais e ricos em nutrientes reduzem a inflamação, equilibram o açúcar no sangue e melhoram a saúde como um todo.
Apesar do nome, a pegan tem seu próprio conjunto de diretrizes. Ela prioriza o consumo de legumes e frutas, mas também a ingestão de pequenas quantidades de carne e certos peixes.
7. Low carb
A dieta low carb é baseada na baixa ingestão de carboidratos. Vegetais são amplamente liberados, pois são alimentos pobres em calorias e ricos em vitaminas e minerais. Além disso, muitos têm baixo teor de carboidratos e alto teor de fibras, o que os torna aliados da dieta com pouco carboidrato.
A definição de uma dieta low carb varia muito. A maioria estabelece o consumo de menos de 150 gramas de carboidratos por dia, e algumas chegam a 20 gramas por dia. Mas, independente de você estar praticando uma dieta low carb, comer mais vegetais é sempre uma ótima ideia.
8. Alcalina
A dieta alcalina se baseia na ideia de que substituir alimentos que formam ácidos por alimentos alcalinos pode melhorar a saúde. Algumas pessoas acreditam que manter uma dieta alcalina possibilita a cura de diversas doenças, incluindo doenças ósseas, como a osteoporose, e até mesmo câncer, mas não há consenso científico a respeito dessa crença.
9. Cetogênica
A dieta cetogênica aumenta a ingestão de alimentos com alto teor de gordura como carnes e queijos e diminui aqueles ricos em carboidratos. Os defensores dessa dieta afirmam que ela tem benefícios contra diabetes, câncer, epilepsia e Alzheimer, mas especialistas acreditam que ela pode ser perigosa.
10. Dieta do ovo
A dieta do ovo é uma dieta que promete perda de peso em pouco tempo, baseada no baixo consumo de calorias, alta ingestão de fontes de proteínas e teor reduzido de carboidratos. Existem algumas versões diferentes dessa dieta, mas a tradicional consiste, basicamente, em incluir na rotina de alimentação ovos cozidos antes das refeições principais, inclusive no café da manhã e no lanche da tarde.
11. Dieta da fruta
A dieta da fruta é restritiva e se baseia sobretudo no consumo de frutas cruas. A versão original exclui todos os produtos de origem animal, incluindo laticínios, e limita ou proíbe a ingestão de grãos, alimentos cozidos, legumes e tubérculos. Alguns legumes, frutas secas, nozes e sementes são liberados com moderação.
Há também os adeptos do frugivorismo, uma filosofia alimentar baseada no consumo estrito de frutas (tanto cruas como cozidas). Os frugívoros optam por alimentos naturais, não industrializados, livres de substâncias tóxicas e sintéticas e, preferencialmente, orgânicos.
Fontes :
Equipe eCycle